Dia internacional da mulher 2015 "Faça Acontecer"
O tema de 2015 é “Faça acontecer”, que tem por objetivo comemorar as conquistas das mulheres no mundo e promover mais equidade em todos os níveis: por mais mulheres em posições de liderança, igual reconhecimento das mulheres nas artes, mais mulheres proprietárias de empresas, maior independência financeira das mulheres, mais mulheres em ciências, tecnologia e engenharia, e reconhecimento mais justo das mulheres no esporte, entre outros.
O tema da igualdade de gêneros é recorrente em todos os segmentos das sociedades e em todas as partes do mundo, desde que as mulheres reivindicaram o direito de estudar, trabalhar, votar e ter os mesmos direitos e oportunidades dos homens, traduzidos em salários e jornadas de trabalho equiparados.
A Organização das Nações Unidas (ONU), nos últimos anos, definiu como um dos temas transversais de seus programas e ações a igualdade de gêneros, ao lado da equidade, direitos humanos e etnicidade. A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) adotaram estes temas transversais e vêm desenvolvendo iniciativas para promover a equidade de gênero em saúde.
Gênero e saúde
Os papéis e comportamentos de homens e mulheres em uma determinada cultura, ditados por normas e valores dos gêneros desta cultura, dão origem a diferenças de gênero. Nem todas as diferenças entre homens e mulheres implicam em desigualdades ou favorecem um ou outro grupo. Entretanto, tais normas e valores podem dar origem a desigualdades de gênero - ou seja, diferenças entre homens e mulheres que sistematicamente favorecem um grupo em detrimento do outro. O fato de que, em todo o mundo, as mulheres têm em média salários mais baixos do que os homens é um exemplo de uma desigualdade de gênero.
Diferenças e desigualdades de gênero podem dar origem a desigualdades em saúde e no acesso a cuidados de saúde. Por exemplo, o fato de uma mulher não receber os cuidados de saúde necessários devido às normas de sua comunidade que a impedem de dirigir-se sozinha a uma clínica; ou uma mulher casada que contrai HIV porque as normas sociais incentivam a promiscuidade de seu marido, ao mesmo tempo em que a impedem de insistir no uso de preservativos.
Não apenas as mulheres são negativamente afetadas por diferenças de gênero. Por exemplo, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão para os homens de um país supera muito a taxa correspondente para as mulheres, porque o tabagismo é considerado um fator atrativo de masculinidade, enquanto tem o efeito contrário em mulheres.
Nestes casos, normas e valores de gênero, e os comportamentos resultantes estão afetando negativamente a saúde. Na verdade, a imagem de gênero em um determinado tempo e lugar pode ser um dos grandes obstáculos - por vezes, o único - situado entre homens e mulheres e o alcance do bem-estar.
A igualdade de gênero é um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) com data limite de 2015, acordado por todos os países e pelas principais instituições de desenvolvimento do mundo, que tem destinado esforços e recursos sem precedentes para atender às necessidades dos países mais pobres. As agências das Nações Unidas estão seriamente empenhadas em reduzir significativamente as questões de saúde determinadas pelas diferenças de gênero, bem como aumentar a conscientização dos profissionais de saúde sobre o papel das normas de gênero, valores e desigualdade na perpetuação da doença, invalidez e morte, e promover mudanças sociais visando a eliminar o gênero como uma barreira para a boa saúde. A ONU também está trabalhando com os governos, a sociedade civil e outros parceiros para aproveitar o impulso gerado pelas ODM e continuar com uma ambiciosa agenda de desenvolvimento pós-2015.
Neste sentido, o Dia Internacional da Mulher 2015 representa uma oportunidade para promover maior equidade de gêneros e assim contribuir para melhorar a saúde das mulheres e meninas em todo o mundo.
Fonte: Portais do Dia Internacional da Mulher, OPAS/OMS, e ONU